Prefeito de São Gonçalo do Sapucaí tem mandato cassado pela Câmara de Vereadores
Decisão foi tomada por meio de votação realizada nesta quarta-feira (11) em sessão do Legislativo. Nove vereadores votaram a favor para que Brian Mendes Dra...
Decisão foi tomada por meio de votação realizada nesta quarta-feira (11) em sessão do Legislativo. Nove vereadores votaram a favor para que Brian Mendes Drago, do Avante, deixe o cargo. Prefeito de São Gonçalo do Sapucaí Brian Drago tem mandato cassado pela Câmara Há pouco menos de um mês para o fim do mandato, o prefeito de São Gonçalo do Sapucaí (MG), Brian Mendes Drago (Avante) teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp A votação aconteceu na noite desta quarta-feira (11). Dentre os 11 vereadores, nove votaram a favor da cassação, um não compareceu e um votou contra. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para investigar uma suposta ilegalidade na contratação de máquinas para a obra na Praça Eugênio Horta. "Apurou-se inicialmente que foi realizada a contratação de uma empresa de carvoaria para realizar algumas obras na cidade, dentre elas a Praça Eugênio Horta. E ocorre que na Praça Eugênio Horta, segundo as testemunhas, foi constatado que não foi realizado essa obra com nenhuma máquina alugada somente pela máquina da prefeitura. Ou seja, a nota que havia sido apresentada era uma nota fria, sendo o pagamento feito de maneira irregular", explicou o assessor jurídico da Câmara de Vereadores, Luiz Francisco Paiva. Prefeito de São Gonçalo do Sapucaí tem mandato cassado pela Câmara de Vereadores Reprodução/EPTV Brian Mendes Drago (Avante) assumiu a prefeitura em 2021. O processo de cassação do prefeito teve dois momentos: primeiro uma CPI e depois uma Comissão Processante. "Primeiro uma CPI investigou a irregularidade que tivemos na Praça Eugenio Horta. Começou mais ou menos ali por volta de abril, tendo o seu relatório final sendo votado no comecinho de outubro, com o relatório final sendo apresentado, votado por todos os vereadores em maioria absoluta, inclusive por unanimidade. Foi constatada algumas irregularidades que vieram depois a ser objeto de uma denúncia de um eleitor e deu início a uma Comissão Processante. Passado todo o processo, nós tivemos ontem a votação na sessão de julgamento", explicou. Segundo o assessor jurídico da câmara, o relatório final foi encaminhado para o Ministério Público, que irá apurar a denúncia contra Brian. "O relatório de imediato da CPI já foi encaminhado para o Ministério Público para apuração. A CPI apura, indica que houve um problema e encaminha para o Ministério Público. Agora, a Comissão Processante, que apurou as infrações político administrativas advindas do relatório, foi feito a cassação do prefeito, imediatamente deu se posse ao vice-prefeito. Senhor Sandro e hoje ele já assumiu o termo de posse. A partir daqui, vai assumir a prefeitura até o dia 31 de dezembro". Com a cassação do mandato, quem assume a prefeitura é o atual vice-prefeito, Sandro Marcelo Santos (PSBD). Em janeiro de 2025, o prefeito eleito Elói Radim (União Brasil) tomará posse do cargo na Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí. O que diz Brian Drago Em nota, Brian Drago disse que, o que aconteceu foi uma perseguição política, pois dois dias antes das eleições municipais ele fez um vídeo relatando o descompromisso da maioria dos vereadores com os projetos de interesse da população. Segundo Brian, esse vídeo teve mais de 22 mil visualizações e provocou uma renovação na câmara municipal inédita no município, de 11 vereadores apenas 3 foram reeleitos. Na nota, Brian diz que o presidente da Câmara não foi reeleito e liderou essa comissão processante como vingança pelo ocorrido. Ele completa a nota dizendo que já entrou na Justiça com uma ação anulatória aos efeitos da cassação, uma vez que o julgamento foi político e não técnico. A EPTV, afiliada Globo, também entrou em contato com o presidente da Câmara, citado no retorno do prefeito cassado. Por mensagem ele disse que "seria muito pretensioso da parte do prefeito achar que a live feita dois dias antes da eleição pudesse prejudicar os atuais vereadores e renovar grande parte da Câmara". "Caso isso fosse verdade, ele tinha que eleger mais vereadores pelo partido do qual ele é o atual presidente e elegeu apenas um. Tinha o direito de se candidatar novamente e assim não o fez. Foram diversos mandados de segurança e todos eles indeferidos pelo Tribunal de Justiça. Uma das decisões o Desembargador responsável pelo caso foi clara ao atestar que todos os atos da comissão processante foram válidos. O prefeito teve nove votos para o seu afastamento, inclusive de vereadores que antes compunham a base dele", afirmou Plínio Domingues. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas