Câmara de Pouso Alegre aprova veto total ao projeto de Painel das Obras Públicas

Câmara de Pouso Alegre aprova veto total ao projeto de Painel das Obras Públicas – Crédito: Divulgação A Câmara Municipal de Pouso Alegre aprovou, em ...

Câmara de Pouso Alegre aprova veto total ao projeto de Painel das Obras Públicas
Câmara de Pouso Alegre aprova veto total ao projeto de Painel das Obras Públicas (Foto: Reprodução)

Câmara de Pouso Alegre aprova veto total ao projeto de Painel das Obras Públicas – Crédito: Divulgação A Câmara Municipal de Pouso Alegre aprovou, em única votação, na sessão ordinária da última terça-feira, 18 de novembro, o veto total do Executivo ao Projeto de Lei nº 8.126/2025, que instituía o “Painel das Obras Públicas do Município de Pouso Alegre”. De autoria do Presidente da Casa, vereador Dr. Edson, a proposta previa a criação de uma plataforma digital para reunir informações detalhadas sobre obras municipais, com QR Codes, acessibilidade ampliada e atualização constante pelos órgãos responsáveis. Votaram a favor do veto os vereadores Davi Andrade, Dionísio, Elizelto Guido, Ely da Autopeças, Hélio Carlos de Oliveira, Miguel Tomatinho do Hospital, Oliveira e Rogerinho da Policlínica. Contrários, posicionaram-se os vereadores Delegado Renato Gavião, Fred Coutinho, Israel Russo, Leandro Morais, Lívia Macedo e Odair Quincote. Anteriormente, o projeto havia sido aprovado por unanimidade pelos vereadores, nos dois turnos pelos quais passou em Plenário. Na mensagem enviada ao Legislativo, o Executivo alegou vício de iniciativa e inconstitucionalidade, argumentando que o projeto criava obrigações administrativas, tecnológicas e operacionais que são de competência privativa do Prefeito, conforme a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Município. O texto do veto também apontou sobreposição de sistemas já existentes, como o Portal da Transparência e o Portal Nacional de Contratações Públicas, além de riscos de duplicidade de dados e aumento da burocracia. Outro ponto destacado pelo Executivo foi a impossibilidade material e fiscal de implementar o painel, uma vez que o projeto não apresentava estimativa de custos nem fontes de custeio, exigindo equipe técnica especializada e investimentos não previstos no orçamento. Em nota divulgada no dia 6 de novembro, a Diretoria de Assuntos Jurídicos da Câmara defendeu a rejeição do veto. O texto afirma que os argumentos do Executivo não encontram respaldo jurídico e cita decisões do STF e do TJMG que reconhecem a legitimidade de leis que reforçam a publicidade dos atos públicos. A Diretoria sustenta que o projeto não gera despesas novas, apenas organiza e disponibiliza informações já existentes de forma acessível e que o barrar representaria um retrocesso democrático ao limitar o acesso da população aos dados sobre obras municipais. A nota na íntegra está disponível no site da Câmara.

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